sexta-feira, 16 de julho de 2010

Futebol, Política e religião...

Há um ditador popular que é dito e repetido varias vezes na sociedade popular: “Futebol, política e religião não se discutem.” Bem, só uma coisa digo a respeito disso: Como não discutir temas importantes para a vida social e pessoal, se é discutindo que se aprimora a prática de evolução de conceitos e opiniões e que se chega a um entendimento mutuo que leva a uma melhora dos temas abordados? E mais: Existe um ano melhor do que esse para tratar destes assuntos, já que é época de eleição, e acabou de se findar mais um versão da copa do mundo? Sabemos que uma discussão é feita com base em pontos de vista e cujo objetivo é convencer o outro que a sua visão é verdadeira.
Bem, há um verdadeiro movimento filosófico que se espalhou pelo senso comum e derivada do pragmatismo que diz que a verdade é relativa ou a grosso modo, que a verdade geral não existe. Sobretudo, o que essas pessoas querem mesmo é falar que no plano moral, ético, político, filosófico e artístico não existe uma verdade, que a verdade é minha opinião. O problema é que a verdade é verdade e sempre existe e a negação dela em uma área da vida, implica a sua negação em todas as áreas... Então vejamos alguns casos: Fulano usa uma blusa azul, mas Maria, que não é daltônica, me diz que a blusa de fulano é vermelha. Ora bolas, as duas afirmações não podem ser verdadeiras, afinal ou a blusa é azul ou é vermelha! Agora, coisa fica mais feia, se incluirmos na equação, conteúdo moral, ético ou religioso. Vamos a velha e intrigante discussão entre os ateístas e os teistas: Ou Deus existe, ou não existe! É claro que são pontos de vista diferentes, e em uma discussão como essa seria muito difícil convencer os dois lados, mas não se pode admitir nunca, que alguém fale que não adianta discutir por que a verdade é relativa, e os dois sabem da verdade... Isto é um absurdo lógico! É como dizer 1+2=5... Ora pois, se é algo assim tão absurdo, por que as pessoas pensam assim? Isso é algo que vou procurar trabalhar ate o final do artigo.
Bem, primeiramente deixarei bem claro, que pontos de vista não se constituem necessariamente como verdade, mas ponto de vista é ponto de vista e deve ser respeitado sempre, não se deve atacar alguém pessoalmente por causa de suas idéias, deve sempre valer a máxima: Nossas idéias brigam, nós não. Bem, este é outro principio que se perdeu em nossa sociedade, as pessoas levam para o lado pessoal e ofendem quem pensa diferente. O que acaba tornando a discussão inviável. Porventura, não é esse um dos principais problemas para se constituir uma discussão inteligente hoje em dia? As pessoas têm medo de discutir, por que tem medo de se ofender.
Ora algumas pessoas disseminam na sociedade que a verdade é relativa, e as pessoas que tem medo de se sentir ofendidas pelos outros abraçam essa bandeira pra não ter que discutir. Sobre futebol, política e religião. Mas como já foi dito é preciso discutir esses assuntos, principalmente em um ano como esse, onde há eleição a vista. As pessoas não percebem, que é exatamente esta falta de discussão que é interessante para os poderosos, afinal, eles querem se manter no poder, e não havendo discussão não haverá progresso, sem progresso sem possibilidade de mudança. Então, vamos mudar um pouco os nossos conceitos, levantar as nossas opiniões e pontos de vista, e confrontar com outros pra haver crescimento, afinal, já estamos fartos de viver em um país que cresce só nos dizeres dos economistas, queremos crescer politicamente, artisticamente, moralmente, espiritualmente e até futebolisticamente. Para isso é preciso aceitar que apesar de muitas vezes não chegarmos a um consenso sobre a verdade, ela se revela cada vez mais em uma discussão, e que é assim que se chega a perfeição da verdade.
Para finalizar, lembre-se que se um pedra for chutada e cair no rio, nós teremos a versão de quem chutou a pedra, a versão da pedra e a versão do rio, mas a verdade nua e crua é: A pedra foi chutada e caiu no rio. Não importa se a pedra acha um injustiça o que aconteceu com ela, e o rio acha que foi uma coisa boa, pois ganhou um elemento a mais, se a pedra e o rio discutirem, passarão a ver o lado do outro e chegarão a um consenso.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Depois de muito tempo...

Depois de muito tempo decidi atualizar meu blog... se é que tem alguém que lê o meu blog... Mas não tem problema, quem sabe algum dia, uma boa alma decida ir ao encontro do meu blog... Mas, vamos lá Yuri, nada de ficar sentindo autocomiseração... Se é que a palavra em questão existe.

O português é mesmo uma língua tão estranha não é? Por exemplo, a palavra Autocomiseração não pode existir, pois comiseração é o sentimento de pena em relação ao outro... Auto é aquilo relativo a si próprio, então qual o problema de se considerar um sentimento de pena de outra pessoa se esta outra pessoa for você mesmo? Seria uma espécie de paradoxo verbal, ou de um colapso verbal para aqueles que gostam de colocar a culpa no escritor. Se bem que segundo a minha querida professora de português da oitava serie, Clarice era o nome dela, em uma situação que eu não me lembro muito bem, disse que eu tinha o direito de escrever algumas coisas erradas por que eu tinha licença poética. Tudo isso por que eu estava escrevendo o meu primeiro livro, que diga-se de passagem não saiu mesmo se passando quase cinco anos...

Bem... Esta história de licença poética dá o que falar. Primeiro por que eu nem sabia que tinha licença para ser escritor, e em segundo lugar por que essa história de licença poética dá uma desculpa pro escritor errar e falar que foi poprositalmente (como agora). Mas não é bem sobre isso que eu quero escrever.
Como ia dizendo, uma língua em que é ilógico dizer ou escrever autocomiseração é a mesma língua que nos permite, em um ataque de raiva sanguinária grite com alguém na rua: Seu pavalvo filho de uma meretricula e de um mentecapto biltre. Tudo bem que ninguém hoje em dia sai gritando tais palavras desonrosas para as outras pessoas na rua, mas isso é uma coisa que o nosso idioma permite e eu quero aproveitar, tá Ok? Tá, mas a questão é: Porque diachos autocomiseração é algo ilógico e falar adjetivos vulgares como Pavalvo não é?
Por falar nisso, outro dia estava lendo um livro, e por acaso encontro a palavra rubicundo, entre outras palavras complicadas... quem em sã conciência colocaria em um livro palavras tão complicadas que nem ele próprio entenderia? E o pior é que é um escritor comtemporâneo, se fosse um autor da época de Machado de Assis eu ainda entendenria, mas não! Era um livro atual! Chega a ser Esdruxulo alguns escritores escreverem páginas e mais páginas com palavras hiper-complexas, só pra esbanjar um pouco de intelectualismo e para as pessoas comprarem para se sentirem “mais inteligentes” ou pra mostrar ao mundo que são “inteligentes” e no fundo nem ao menos saberem sobre o que é o livro. Algumas pessoas devem estar pensando que eu defendo que a linguagem literaria deve ser simples e facil. Não, eu não defendo uma linguagem simples e facil, mas sim uma linguagem complexa, mas que as pessoas leiam e compreendam, afinal, a compreensão é o principio de uma boa comunicação. Hoje em dia a sociedade está mais complexa e merece coisas complexas, mas não complicadas a ponto de serem incomprensiveis. E não tão faceis a ponto de serem infantis. É preciso faver um equilibrio para que um autor coloque sua marca no texto. Afinal, como dizia Fernando Pessoa: “Não escrevo em português, escrevo eu mesmo.”