sábado, 18 de fevereiro de 2012

Tropeçar e prosseguir


Quão difícil é viver!
Quão difícil é perceber que aquilo que se diz,
que aquilo que se prega,
que aquilo que se aprende,
que a bandeira que levantam,
não o fazem por amor!

Quão difícil é compreender,
que aqueles que te dizem: Ama,
São a pedra de tropeço,
São aqueles que se escondem,
São aqueles que não entendem!

Quão difícil é tropeçar,
naqueles que ali estão para servir,
Mas só se servem do melhor!
Que ilusão, que sonho, que angústia!
Que complexo paradoxo!
Não se vive pra exaltar, mas se exalta pra viver!

Quão difícil é entender,
Que quanto mais te fazem sofrer,
É preciso perdoar!
Não é pois o sofimento, que te impede de viver,
Mas é o Autor supremo que aqui está,
que nos faz sempre sorrir!
É ele que nos impele a prosseguir!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ketchup com jornalismo: Ética?


Hoje vi uma cena inusitada. Estava tomando café numa lanchonete perto de casa, quando entra um homem com um curativo na cabeça. Ele pede a balconista um pouco de ketchup, afirmando que é para o seu curativo. Vendo a cara de espanto da moça ele se explica, dizendo que é um jornalista, e que seu machucado era falso, pois ele ia fazer uma reportagem na qual precisava fingir que estava machucado.Isto me fez refletir um pouco hoje. Considerando que não tenho a menor ideia de qual é o tema da reportagem nem qual o veículo no qual a reportagem seria transmitida, fiquei me perguntando se seria ético ou não tal atuação. Isto me levou a pensar numa disciplina que fiz semestre passado, sobre a relação entre ficção e jornalismo.Querendo ou não, o jornalismo se utiliza da ficção, e muitas vezes isto esta na nossa cara e nem reclamamos. Por exemplo, quem nunca parou pra refletir naquelas simulações de crimes? Quem nunca leu a mesma matéria em dois lugares diferentes e se estranhou da diferença enorme de abordagem? Isto me fez ter alguns insights sobre o jornalismo, e sobre a verdade. Por que tantas diferenças entre versões do mesmo fato? O que leva a isto? Bem, para mim isto é uma consequência da natureza da verdade. Não estou com isso dizendo que a verdade é relativa, pois eu ainda me recuso a me corromper com este niilismo pós-moderno e destrutivo que impera nas universidades (isto tudo usando dos melhores eufemismos).Mas é fato que a verdade é complexa e plural demais para caber numa só reportagem, ou numa matéria! Por isso que temos tantas versões de um mesmo acontecimento. Por exemplo, você pode falar do carnaval em salvador do ponto de vista turístico, mas você também pode falar sobre o mesmo carnaval do ponto de vista de suas consequências negativas na cidade. Tudo é uma questão de enquadre. Por outro lado, tem a questão ética envolvida. Se duas notícias em lugares diferentes se contradizem, pelas leis da lógica, uma tem que ser falsa. Viu a diferença entre esta visão e o relativismo? O relativismo que alguns professores tentam passar pelas nossas cabeças é ilógico, mas também perigoso. Me dá medo ver eles ensinando este tipo de coisa nas aulas de jornalismo! Que tipo de jornalista eles acham que estão formando?Mas continuando, não creio que seja sempre falta de ética, fazer como o jornalista do ketchup. Depende e muito dos objetivos do jornalista. Forjar um acontecimento é completamente anti-ético. Agora, se o jornalista está falando sobre uma tradição milenar de se fazer curativos, por que não? Isto me lembra uma reportagem sobre o boiadeiro usando o chamado aboio para chamar a boiada. Quem assiste, até acredita que a Globo não levou seus próprios bois, e fez os boiadeiros passar pela mesma ponte várias vezes para conseguir os melhores efeitos da imagem. Isto pra não dizer do texto, que é riquíssimo! A propósito, você pode acessar a reportagem aqui. E falo destas coisas por que conheço uma testemunha confiavel que falou a respeito da montagem desta reportagem (como futuro jornalista, também tenho minhas fontes, hã). É isto errado? Creia que não, afinal, o objetivo da reportagem é falar da tradição do aboio, e não retratar um acontecimento.
Há também que se considerar, que muitas dos problemas com reportagens um tanto ficcionalizadas tem a ver com a sua tendêncialidade (se não existe esta palavra, passou a existir agora), como é o caso da Veja. É claro que jornalismo objetivo e sem alinhamento de qualquer tipo não existe, mas temos que concordar que exagerar na dose é demais!
Deixo abaixo um video com uma reportagem do fantástico, para ver quem consegue perceber os indicios de ficção e construção nesta reportagem.
Pois bem, acho que hoje isso já rendeu o suficiente na minha mente. Até a próxima!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Voltando e tocando em frente!

Olá Pessoal!
Como vão vocês!
Eu entrei aqui hoje, após meses sem entrar, e encontrei um lugar cheio de teias de aranha e copos sujos. Então fiz uma faxina no Layout, pra recomeçar o ano, e também as postagens! Logo, logo teremos mais postagens sobre musica, arte, filosofia, teologia, ciência e tudo mais!
E pra me desculpar por ter ficado tanto tempo sem postar, deixo uma musica boa!

domingo, 29 de maio de 2011

Cosmovisão Calvinista: Cosmovisão: Vai uma ai?

Cosmovisão Calvinista: Cosmovisão: Vai uma ai?: "Cosmovisão. Querendo ou não você tem uma e tem que aprender a conviver com isso. Muitas vezes, ou melhor, na maioria das vezes as pessoas nã..."

domingo, 3 de abril de 2011

Rookmaaker



Eu leio Rookmaaker, você Jean Paul Sartrê.
A cidade foi tomada pelos homens.
Na cidade dos homens tem gente que consegue ler,
mas os outros estão néscios pra Ti.

Eu canto Keith Grenn, você canta o que?
A cidade está cheia de sons.
Na cidade dos homens tem gente que consegue ouvir,
mas os outros estão surdos pra Ti

Vem jogando tudo pra fora.
A verdade apressa minha hora.
Vem revela a vida que é nova.
Abre os meus olhos agora.

Eu fico com a escola de Rembrandt você no dadaísmo de Berlim.
A cidade está cheia de tinta.
Na cidade dos homens tem gente que consegue ver,
mas os outros estão cegos pra Ti.

Eu monto o paradoxo no palco. Você anda zombando da Cruz.
A cidade está cheia de atores.
Na cidade dos homens tem gente que consegue dizer,
mas os outros estão mudos pra Ti.

Vem jogando tudo pra fora.
A verdade apressa minha hora.
Vem revela a vida que é nova.
Abre os meus olhos agora.

Toda vez que procuro aqui algo pra ler, ouvir, olhar e dizer,
Senhor sabe o que eu quero.
Não me furto a certeza: és a Vida que eu quero.

domingo, 27 de março de 2011

A hora do planeta, consciência ou peso na consciência?


Já dizia Lazarsfeld, um dos autores que li em teorias da comunicação, que uma disfunção dos meios de comunicação é disfunção narcotizante. O que isso quer dizer? Simplesmente que de tanto ver nos meios de comunicação alguma coisa, uma guerra, por exemplo, as pessoas já acham que só de assistir ou ler a noticia eles já estavam fazendo o suficiente. A grande questão que venho colocar em discussão é o fato de que ontem, às 20:30 começou a hora do planeta. o que é mais ou menos o seguinte: Todos desligam a luz e ficam com ela apagada durante uma hora. A proposta é interessante, mas acho que seria ainda mais interessante pensar até que ponto esta proposta trará resultados. É claro que esta atitude é mais simbólica do que prática. No mundo consumista em que vivemos, uma hora sem luz é algo que pode ser facilmente reposto, e ainda assim, só seria eficaz pra preservação ambiental SE TODO O MUNDO aderisse a idéia, o que é claro não foi o que aconteceu. O grande ponto é que esta ação simbólica pode ter sido gerada tanto pela consciência ambiental, como pelo peso na consciência. Neste momento se diz: OK temos que salvar o planeta. Aqueles que têm consciência ecológica terão dito isso e com certeza irão mudar seus hábitos. O grande problema são os que estavam apenas agindo por peso na consciência e simplesmente apagaram as luzes durante uma hora. Estes podem estar sofrendo a disfunção descrita por Lazarsfeld: Se emocionam, desligam a luz e depois voltam a sua vidinha jogando lixo no chão, consumindo cada vez mais e andando de carro para ir a padaria...

Capitu - Elephant gun- Beirut




Hum, hoje vou apenas deixar esta musica e esta cena da minissirie Capitu. Gostei muito da forma que foi explorada a musicalidade e a liricidade (existe esta palavra?) da cena...
Boa cena!